domingo, 19 de outubro de 2014

A Passarinha e as mães do mundo

Então amigas e amigos do blog, quanto tempo hein? Nem sei quanto...
Ando trabalhando bastante e permaneço com um antigo problema: ainda não sou hábil em dizer não, coisa que compromete muito o meu  tempo, rs. No entanto, meu príncipe continua sendo minha prioridade!!!!
Esta semana foi impossível deixar de escrever, tudo por causa da passarinha...
Na quinta feira, meu filho me chamou apavorado para ver um passarinho filhote que caiu do ninho. Juntei o pequeno usando luvas e a pedido, fiz um ninho, coloquei bolachinha, água e faltou pouco fazer uma massagem no bichinho. A passarinha assistia tudo desesperada do telhado... e fiquei pensando “tadinha”!!! Lembrei-me das milhares de mães pelo mundo que perdem os filhos, perdem para a guerra, para a morte, para o crime...
Avisei meu filho que ele se recuperaria e voaria, para prepará-lo para a tristeza anunciada... coisa que não adiantou, mas os detalhes ficam para outro post... rs.
O fato é que algumas horas depois, o passarinho sumiu, abandonou sua suíte máster. Fiquei pensando para onde foi, já que era um filhote, não sabe voar e o terreno é todo murado.
Para nossa surpresa, no dia seguinte ouvindo um piado insistente vi a cena que me tocou:
A passarinha descia, carregando alimento e entregava na boca de seu filhote, muito bem escondidinho entre os galhos de uma Cica.
Me emocionei! Mãe é mãe! Não desiste do filho, cuida sempre que puder, enfrenta adversidades, cumpre sua tarefa de estar ao lado, nutrir e... ensinar a voar!
Sim... porque nossa pequena mãe esta cuidando do filhote que provavelmente na próxima semana estará voando, agora para longe, procurando seu próprio par, tendo sua própria família, sendo dono de seus próprios vôos. Nesta altura do raciocínio já estava quase em prantos!!!
Quanto a minha amiga passarinha tem a ensinar sobre amor de mãe, amor incondicional, amor que ensina  e permite voar!
E é este pensamento que desejo compartilhar hoje com vocês.
Depois disso, eu e o cuíca fizemos um combinado, que amo ele para sempre, que mamãe assistirá seus vôos e quando preciso, voará ao seu lado, mas que ficarei muito feliz se ele me ligar todos os dias! kkkkkkk
E Como quem nasceu para ficar parado é poste, além do filho, do marido, da casa, do trabalho, resolvi voltar a estudar. Estou muito feliz, uma feliz com cara de cansada, mas uma pessoa feliz!
A todos um finzinho de outubro maravilhoso. Não deixem que a correria do dia a dia os impeça de olhar além!

J

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Porque o tempo é relativo

Céus gentes... nem sei dizer quanto tempo faz que não encontrava um tempo para escrever!!!
A propósito, decidi refletir sobre o tempo.
Deste o último post até agora aconteceram tantas coisas, mas sem dúvida, a principal delas é que aumentei minha carga horária.
Isso implicou na decisão culposa de ter o filho na escola em dois períodos integrais (agora só um, porque preferi sacrificar o trabalho do que o filho), aliás, isso implicou em outra decisão culposa: a de trocá-lo de escola. Puxa vida, me dei conta de que me tornei uma Expert em adaptação!
Mas então, pensando sobre o tempo, cheguei à conclusão de que, como dizia meu amigo Albert, “o tempo é relativo”, tudo é relativo...
Não dá tempo pra ligar para os amigos, parentes. Sem tempo pra escrever no blog, fazer as unhas, malhar.
Mas no fim das contas, as coisas não requerem muito tempo para serem feitas.
As crianças são, na verdade, mestres do tempo.
Veja bem:
Em 5 segundos meu filho se pendurou no meu pescoço, caímos. Eu perdi meio dente e entortei três.
Em 2 minutos, enquanto eu tomava banho, com a porta do banheiro aberta, de frente para onde ele estava meu filho passou 2/4 de um pote de 200 gramas de creme hidratante nas mãos.
Bastaram 30 segundos para que enquanto eu atendia ao telefone, meu figura enfiasse uma bisnaga de creme (com brilho) no nariz (é...preciso esconder meus creminhos).
Levou 1 segundo para que meu prodígio se escondesse na lavanderia e eu tivesse um treco gritando igual a uma louca, procurando por ele.
Em 0,001 segundos o bebê tasca uma mordida no rosto do amigo.
Na velocidade da luz, a amiga pinta a outra de Avatar durante uma atividade com guache.
Por fim concluo que tempo é relativo sim. Com muita criatividade e motivação, é incrível o que se pode fazer, assim, bem rapidinho.
Mais uma lição aprendida com os pequenos: como gerenciar melhor meu tempo!
Agora que sou oficialmente uma mãe comum: lavo, passo, faxino, cozinho, brinco, cuido, troco, dou banho, comida, dengo e... trabalho fora de casa, concluo este post, com a certeza de que há sim, um tempo para tudo! ;)
Beijos, lindo Junho pra vocês.
Ps: acho que ninguém vai ler este post, porque afinal, deletei meu Face... ninguém vai saber que escrevi. kkkkk


sábado, 28 de dezembro de 2013

"Porque no meu tempo, era assim..."

Então... mais um final de ano!
O que devia ser uma época de descanso se transforma num momento de correria e estresse: viagem, trânsito, casa cheia, gastos... penso que seja preciso rever algumas coisas para o novo ano! Kkkk
Hoje é aniversário do meu esposo e completamos  11 anos de casamento. De presente, me dei  5 minutos em meio as camas por fazer, para escrever no Blog!
O assunto deste post surgiu agora de manhã. Ontem uma colega de infância publicou numa rede social uma foto nossa e de repente, me dei conta de que até os 10 anos de idade sempre tive o cabelo peniquinho, um corte bem masculino, a única da minha turma com o cabelo assim. Nunca havia me incomodado com isso, até hoje.
Resolvi perguntar pra minha mãe e ela respondeu:
- Porque você gostava!
- Como?Olha a minha idade!
- Ah, todo mundo cortava assim. Disse ela.
- Mas eu sou a única que aparece nas fotos com este cabelo, mãe!!!
- Teu pai te levava na barbearia!
Aí piorou!!!
- Na barbearia, mãe?
- Sim, as tuas irmãs também!!!
- Mas mãe... elas são 20, 18 anos mais velhas do que eu!!!!!
Foi uma exclamação do tipo: genteeeeee as coisas mudam, o mundo muda, precisamos acompanhar!!!!
E a minha indignação se transformou em um choque interior. Me dei conta de que a luta para sobrepor os paradigmas é diária mesmo, nas pequenas coisas.
Quantas vezes eu, e você talvez, afirmei: “é nisso que acredito, é isso que está certo, sempre fiz assim!” ?!
Foi um lampejo de consciência de que nossa revisão a cerca dos conceitos, práticas e atitudes precisa ser minuto a minuto. Nossos filhos não crescerão num mundo como o nosso, terão uma infância diferente, pensam de maneira diferente, encontrarão desafios diferentes...
Chega de olhar para nossa história, agora é momento de encarar a necessidade de conhecer e acompanhar esta geração para que possamos cuidar dos nossos amados e educá-los para o mundo que os esperam. Aliás, quando o assunto é um ser humano, a história precisa ser entendida de maneira particular, individual, intransferível.
E este insight, por conta de um corte de cabelo!!!
Encerro 2013 com a sensação de que preciso rever muitos posicionamentos, preciso de pessoas que me ajudem a fazer contrapontos, não sei nada...
Que 2014 seja um ano de descobertas, reflexões, flexibilidade, sensibilidade e de correr atrás das mudanças!!!
Um enorme abraço à todos!!!

Nos vemos no ano que vem!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

GÊNERO, PRECONCEITO E OPORTUNIDADES

Olá leitores amados! Pela escassez de novos posts você imaginam como anda a vida desta mãe, mulher, esposa, profissional que vos escreve...
Considerando a reta final de 2013 chegando, escrevo pelo sentimento de compromisso e pelo desejo de compartilhar meus pensamentos, num desabafo catártico... mas sei que pouquíssimos de vocês terão tempo para leituras sem compromisso, kkkkkkkk!
Como mãe, 24 horas por dia reflito sobre a maternidade e este movimento caótico e apaixonante, mas selecionei este tema para escrever hoje, por considerá-lo bem importante.
No período da manhã, estou em casa com meu pequeno. Me divido entre organizar a casa, responder e-mails enquanto brinco de ninja e preparar o almoço. Nos dias em que começo atender cedo, vamos de marmita. Simples assim, eu tenho minhas prioridades bem definidas.
Logo, no momento de preparar as refeições meu cuíca acompanhava o movimento com seu olhar atento. Agora, não se contenta em ficar brincando no tapete nos meus pés. Tira de dentro dos armários os ingredientes que precisa para fazer “comidinhas”. Seqüestra minhas panelas, escolhe cuidadosamente as espátulas, requisita uma luva de cozinheiro e mais recentemente, protesta por um avental.
Carrega tudo para a sala, usa o banco como fogão e a porta do armário é o forno.
Na primeira vez em que a brincadeira se desenrolou assim, tão complexa, perguntei: “Filho, o que você está fazendo?” e a resposta certeira foi: “Tô fazendo comidinha mãe, sou chefffffffff!”! Ai que cute cute...
Problema é que agora a competição pelas panelas, espagueteiras e travessas anda acirrada. Desta forma, estava decidida a comprar pra ele um jogo de panelas. Lógico, não precisava ter flores, nem ser rosa e adivinhem... não encontrei.
Daí para frente uma torrente de pensamentos me invadiu! Oras bolas... não são somente as mulheres que cozinham! Porque menino não pode ter um jogo de panelas?
Fui reclamar com o pai, para ver se ganhava algum apoio. Recebi indignação!
Gente... e se meu filho  for o próximo Jamie Oliver? Claude Troisgrois? Olivier Anquier?
Eu não vou deixar de apoiar e incentivar por conta de um preconceito retrógrado.
Então, convoco as mães dos meninos do mundo para lutar pelo direito de nossos filhos desenvolverem plenamente suas potencialidades, livres de preconceitos, tendo as mesmas oportunidades das mulheres por aí!!!!
Sem contar que: felizarda (por vários motivos) será minha norinha, se o meu pimpolho continuar querendo ser um Chef!!! RS
Pra quem me conhece, sabe que não sou feminista. E não se trata disso.
 Realmente acredito que homens e mulheres possuem características individuais, particulares que não os distinguem em termos de melhor ou pior, mas lhe conferem unicidade e completude.
 Mas, que encontremos nas lojas panelas azuis e caminhões cor de rosa.
Assim, concluo este post indignado com o grito pela liberdade de escolha profissional e nossas possibilidades de amplo incentivo, independente de gênero. Que as oportunidades, desde a tenra infância sejam justas para meninos e meninas.

Uma beijoca para todos e viva dezembro!!! J

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

E fez -se a palavra... Os papos mais sinistros dos nossos 3 anos juntos!

Oi gentes queridas! Que vida corrida... não anda sobrando tempo nem pra depilar as pernas, quanto mais escrever no blog! Kkkkk
Então, faz mais ou menos um ano que o meu príncipe começou a falar, sim, demorou... eu já estava me arrancando os cabelos e com consulta marcada na fono...
Mas enfim, neste um ano de papos ouvi muita coisa linda, do tipo “te amo mamãe”, “mamãe parece uma princesa”, “papai esqueceu de orar pela comidinha”. Também ouvi coisas engraçadas, como: “Papai parece um nicorrinco (ornitorrinco)”!
Mas sinceramente, algumas de nossas conversas foram marcantes. Quem é mãe vai entender...

Eu, fazendo pipi, sem privacidade nenhuma, é óbvio, escuto o seguinte discurso:
- “É, você não tem penqui (penis), você tem vulva... eu tenho vulva será?! “

Olha dentro da cueca e balança o dedinho pra lá e pra cá: -“Não... você tem vulva e eu tenho penqui!”
***
- “Nossa mãe, que cocô grande o seu! O Francisco meu amigo, fez um cocô bem comprido na escola também!”
***
Pegando ele no final da aula, entro no carro toda animada e começo:
- “ Então meu amor, o que fez tanto hoje na escola?”
...
- “Pintou? Fez atividade? Brincou?”
...
- “Filho, você não vai falar comigo, amor?”
- “Mãe... agora eu não tenho boquinha pra falar, eu quero ficar quietinho...”
***
- “Filho, dorme com o papai...”
- “Não mamãe, papai não serve pra dormir!”
- “Pra que o papai serve então?
- “Pra dormir na minha cama...”
- “E eu?”
- “Pra dormir comigo, ne!”

E aí, termino este breve post, pensando na lindeza da comunicação humana e pensando o quanto eu quero, que daqui uns 13 anos, meu filho continue sentindo-se tão a vontade para compartilhar comigo o que pensa... ou não, rs. Que ele tenha liberdade também de ficar quietinho e sabendo ser amado, mesmo no silencio!
Bjo enorme pra todos e todas, um lindo Outubro (Rosa)! J

terça-feira, 30 de julho de 2013

Nhoc, nhoc e os dentinhos nervosos!!!

Olá gentes! Sobrevivemos ao pior do frio escabroso e viva, agosto esta chegando e logo setembro!!! Meu mês preferido. Amo o cheirinho de pólen no ar (ainda que me dê crise de rinite!)
Então, não vou falar sobre dentição infantil, não, deixarei este tema  pra minha querida amiga Karina Tatim Furlan!
Afff, vou escrever sobre as mordidinhas e as crianças! Parece engraçado, acho que Deus me deu a oportunidade de fazer um belo estágio pra maternidade enquanto eu trabalhava...rs.
Céus, quantas reuniões, bilhetes, orientações, palestras falando o quanto as mordidas são comuns na escola infantil, principalmente nos dois primeiros anos. Quanto choro (das crianças e das mães... das profes desesperadas também), quanto Hirudoide!!!! RS
Pois bem, não escapei do que chamo de EFEITO MONANGE (lembram da propaganda? “Sinta na pele esta emoção”!!!). A adaptação do meu cuíca, que já não foi das mais tranqüilas, contou com a participação especial  dos dentes dos seus amiguinhos, cravados com energia na barriga, mão, bochecha...
A mordida é uma linguagem para a criança, principalmente a que ainda está saindo da fase oral. Muitas vezes é a primeira reação diante de uma disputa de brinquedo, de uma frustração. E há quem morda de amor... de tanto que gosta do amigo (atire a primeira pedra quem nunca mordiscou seu pequeno).
Para administrar com diplomacia este assunto, as professoras devem estar cientes de conhecer o tema para poder mediar com as famílias (pais leigos não têm a obrigação de saber o quanto isto é comum no desenvolvimento da criança), também precisam de carinho e jogo de cintura para evitar os rótulos e as discussões entre os próprios pais (como já vi acontecer). É comum, mas não é aceitável. É fundamental conversar com a criança que foi mordida e lhe oferecer amparo, depois com a que mordeu e ajudá-la a encontrar outras formas de expressar seus sentimentos, compreender o quanto machuca o amigo. Se é prática da escola, o “cantinho do pensamento” e depois o pedido de desculpas também podem ajudar. Fundamental é a parceria da família da criança que está mordendo reforçando o trabalho da professora.
Depois de levar três mordidas, meu filho (que antes da escola não havia mordido ninguém, rs) “aprendeu” que também tinha dentes. Combinei sanção em casa, para cada vez que isso acontecesse (nada de computador, sim, com 3 anos...). Em parceria com a professora, registrei carinhas tristes sempre que mordesse. O pai, muito atento, encontrou em uma de suas viagens um brinquedo muito legal: “pit mordida”, uma dentadura que morde ao comando da criança e brincando em casa trabalhávamos o “não, não boquinha, morder não pode, beijoquinha pode!” e... três mordidas depois (parece incrível), o comportamento se dissipou! Uhuuuuuul!
Sim amigos e amigas, sei que dói ver aquelas marquinhas, que aos nossos olhos parecem sádicas, na pele sensível dos nossos eternos bebês. Mas vamos lá, somos adultos! É comum, é trabalhável.
Mas é fundamental que tanto a escola quanto os pais estejam atentos para que este comportamento não se prolongue, mordida é linguagem aceita até próximo dos 3 anos. Passando disso, persistindo e mantendo-se como comportamento repetitivo, vale a pena conversar com o pediatra ou um psicólogo infantil!!!
Beijos para todos!
Bom Agosto!


quarta-feira, 12 de junho de 2013

É hora da escola!!!


Olá queridos e queridas! Já em meados de Junho, pode? Hoje de manhã estava pensando: se o tempo fosse uma pessoa, eu imploraria para que andasse mais devagar. Não tenho conseguido acompanhar!!!
Uma das aventuras que vivi nestes últimos meses, foi o início da vida escolar do meu principe. É sobre este assunto que vou escrever hoje. Mas agora, sob o ponto de vista da mãe.
Durante anos lindos, recebi mamães aflitas com a fase de adaptação dos pequenos na escola, escrevia textinhos orientativos, fazia reuniões e quando tudo falhava: oferecia meu carinho e ombro pra chorar.
Pois então! (como diz o meu figura) Agora é a minha vez. Procurei sim, colocar a teoria em prática e mesmo passando por provações, posso dizer: facilita muito nossa vida, sim!!!! Mas, cada criança é diferente, cada família tem uma dinâmica... então, nada de receitinhas prontas! Vou compartilhar a nossa vivência.

O momento certo: por vários motivos, optamos (eu e meu esposo) pela minha demissão. Para nós, o momento certo foi agora. Certeza absoluta, pois fizemos uma tentativa no ano anterior, muito valiosa. Agora meu filho completou três anos, desenvolveu uma linguagem capaz de compreender e comunicar. A maioria dos especialistas em desenvolvimento infantil, afirma com base em pesquisas e estudos, que esta é a idade ideal, principalmente porque a ansiedade de separação é menor. E de forma especial, os meninos tendem a sentir esta ansiedade de modo mais intenso.

A escola certa: dificil, muito dificil. Quanto mais opções, mais dificil, rs! O principal fator é considerar se a escola trabalha uma proposta alinhada aos valores da família. Além de conhecer a proposta pedagógica, é importante avaliar a formação dos profissionais, estrutura da escola, organização,  segurança e história da instituição, por exemplo. Foi preciso, também, colocar na ponta do lápis detalhes como proposta pedagógica, sistema de avaliação, relação pais/escola, lanche, material didático, materiais de uso coletivo, pessoal e, numa cidade como a nossa, a questão fatídica da logistica!!!!!

O caminho certo: com a segurança de que é o momento certo e a escola certa, o caminho a seguir é transmitir esta segurança para a criança. Para que a criança confie na professora, vincule com a professora, além de uma disponibilidade genuína por parte da profissional, é preciso que a mãe valide esta relação. Nós compramos presentinhos para a profe e auxiliar, fizemos cartõezinhos para o Tulio entregar no primeiro dia de aula. Horario reduzido na adaptação, com tempo de permanência prolongado a cada dia ajudam a criança a lidar com o tempo de separação. Nada da mãe ficar dentro da sala, sentada na porta (salvo raras exceções), chorando na despedida (pode chorar em casa!) ou prolongando a despedida. Não valorizar os chorinhos, não deixar de levar à escola porque chora pra colocar o uniforme, são detalhes que fazem parte do processo...Valorizar os aspectos positivos da escola, afirmar o sentimento de que a escola é um lugar especial e gostoso, faz com que a criança se sinta segura. Perpassando todo este processo, a relação de diálogo aberto, franco e permanente entre escola e família, suporta uma boa adaptação e mais do que isso, o  bom desenvolvimento da aprendizagem.

Ops, pode ser que nem tudo saia como planejado: e quando o filho não chora mais pra ficar na escola, diz que sente saudades da professora e dos amigos, pode sim, acontecer um imprevisto. Muitas vezes é uma recaída e vale recomeçar ou pode ser como aconteceu conosco: o pequeno ficou 15 dias doente e tivemos de trocar de turno (OMG!!!). Nada de desespero, toda experiência é válida. E eu posso falar com a voz da experiência: a terceira adaptação é sempre mais tranquila, rs. Para exercer a maternidade, o mote do brasileiro ajuda muito: “não desista nunca!”.

Este post viria a calhar em fevereiro, não? Mas como Julho está chegando... quem sabe vai animar alguma mamãe indecisa!
Bjs pra todos e preparem-se o inverno está chegando, quem sabe tiraremos os casaquinhos do armário!!! Rs J